segunda-feira, 6 de julho de 2009

Transmissão de um fato ou sensacionalismo/espetáculo?



Nosso blog irá analisar as narrativas policiais, a forma como os meios de comunicação estão transmitindo fatos que por si só chocam os telespectadores, onde a noticia torna-se um espetáculo, em que o importante é ter audiência sem ter um maior cuidado ao que é retratado.
Assim, abaixo cito um pensamento de Guy Debord:

“Toda a vida nas quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação de espetáculos. Tudo o que era vivido se afastou numa representação” Guy Debord – 1967

Em um país onde Big Brother é cultura, os casos policiais estão em alta por serem fatos que chocam o telespectador, além de em alguns casos serem trasnformados em espetáculos. Chegamos ao ridículo de o caso Isabella ser considerado o substituto do Big Brother Brasil, como o link do jornal O Globo mostra :
http://oglobo.globo.com/sp/mat/2008/04/19/familia_diz_que_caso_isabella_substitui_big_brother-426968304.asp
O caso Isabela foi considerado uma novela da vida real, por causa do grande assédio da mídia, e também devido ao fato em si, que causou horror e tristeza na maioria dos brasileiros, porém agora fica a pergunta: O caso foi abordado em demasia por sua brutalidade ou apenas por ser um grande “espetáculo” para a mídia?”.
A nova realidade da mídia é a de termos novelas da vida real, com isso, saídos das páginas da ficção, hoje o jornalismo nos traz personagens que antes ficavam restritos a imaginação. O jornalismo esta sendo transformado em um completo espetáculo, onde temos mocinhos e vilões, além de histórias que, por sua extensa divulgação, acabam tornando-se mais ficcionais do que reais. Além disso o apelo ao emocional é característica marcante em vários meios de comunicação, é o chamado sensacionalismo, onde o importante é exagerar na notícia para aumentar a audiência do meio de comunicação.
Casos como o da menina Isabella, do pequeno João Hélio e da adolescente Eloá são retratados de forma a tornarem-se grandes novelas. Há ainda os programas como o extinto Linha Direta que, reconstituía os casos e tentava solucioná-los apresentando fotos dos criminosos e telefones para alguém que tivesse informações, porém de uma forma quase ficcional pois transformava o fato em uma verdadeira novela onde o clímax era a morte da vítima.
A forma como a grande imprensa vem tratando esses casos é algo terrivel, pois a vida já não é um ato natural mas sim faz parte de um grande espetáculo que a cada dia ganha novos persongens.


Mayara Andressa Bonn.

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